Não importa. A ordem dos fatores não altera nada. O fato concreto é que o mundo presenciou o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, na cidade de Umbaúba, região sul do estado de Sergipe. Este assassinato poderia passar despercebido, como tantos outros, que acontecem todos os dias, se não fosse praticado, de forma covarde, por três agentes da Polícia Rodoviária Federal(PRF). Com requintes de crueldade os policiais torturaram e mataram um cidadão, simplesmente, porque ele não estava usando capacete quando pilotava a sua motocicleta, ao ser abordado. As polícias, todas elas e, consequentemente, seus agentes tem o dever constitucional e por juramento defender os cidadãos e a sociedade, como um todo. Nas filmagens da abordagem, mostradas para o mundo todo, nota-se uma total covardia e despreparo dos policiais, mesmo o abordado Genivaldo, tendo levantado as mãos e ter dito que tomava remédios controlados, alegando sofrer de esquizofrenia. Testemunhas tentaram questionar e, intervir com pedidos de clemência, mas os “policiais” não deram a mínima. Resultado: Genivaldo foi asfixiado com uma bomba de gás lacrimogêneo, colocada, na mala da viatura junto com o abordado que já chegou ao hospital sem vida. A polícia brasileira é a que mais mata, no mundo. Mata de várias formas. Mas não vamos discutir o mérito. Apenas queremos assinalar o despreparo de muitos agentes, nas diversas forças policiais. E a culpa é de quem…? Bem, num primeiro olhar culpa e estrutural. A culpa é dos governantes. A culpa é dos deputados e senadores que não se debruçando sobre este assunto de extrema importância que é a SEGURANÇA PÚBLICA no Brasil.

Por Jamil Calheros